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A Ousadia Necessária: da Liga Operária à Convergência Socialista / PRÉ – VENDA (envios a partir de 10/12/2025)

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O livro é, antes de tudo, uma coletânea de textos. O prólogo traz uma referência às prisões dos três companheiros em maio de 1977, evento que permitiu aos órgãos da repressão na época descobrirem a existência da Liga Operária. As prisões foram o estopim de um gigantesco processo de mobilizações protagonizado pelos estudantes durante boa parte desse ano, cujo capítulo final foi a invasão da PUC-SP.

Qual a origem desta nova organização, até então desconhecida? O texto 1, “O Ponto de Partida da Liga Operária”, mostra as peripécias de um pequeno grupo de brasileiros que se exilaram no Chile de Allende, a partir de 1971. Ao mesmo tempo em que eram apresentados ao trotskismo graças à presença de Mario Pedrosa, e se alinharem à crítica contundente da experiência guerrilheirista em curso no Brasil, estabeleceram uma sólida relação com Nahuel Moreno, dirigente do Partido Socialista Argentino. Após o golpe de setembro de 1973 instalaram-se diretamente em Buenos Aires e de lá formaram a nova organização, retornando para o Brasil no início de 1974.

Os textos 2 e 3, “O trotskismo pede passagem” e “De estudantes e operários”, mostram o início e a expansão do trabalho no Rio de Janeiro e em São Paulo, principalmente no movimento estudantil. Foram os anos iniciais de reorganização das entidades, mas também de um despertar do longo pesadelo vivido após a decretação do Al-5 em dezembro de 1968. A morte do jornalista Vladimir Herzog, em outubro de 1975, foi a primeira grande manifestação pelas liberdades democráticas, ainda que inscrita num contexto de Ato Ecumênico.

Atuar no movimento operário sempre foi uma tarefa estratégica e, num certo sentido, uma obsessão do grupo fundador da organização. A partir de 1975, um ano após terem iniciado o trabalho no Brasil, alguns dos primeiros militantes da organização se deslocam para o trabalho nas fábricas, numa prática que se tornou sistemática nos anos seguintes. Essa proletarização de quadros também é apresentada nos textos.

A Liga Operária atuou prioritariamente no movimento estudantil, mas também esteve ligada a outros setores. Um deles é bem pouco conhecido: o movimento negro. O Núcleo Negro Socialista, célula de militantes da Liga, foi a principal incentivadora do surgimento de um movimento unificado dos negros, e em junho de 1977 as escadarias do Theatro Municipal de São Paulo testemunhou o nascimento do Movimento Negro Unificado, que teve nos militantes da Liga algumas das suas principais lideranças. Isso é contado no texto 4, “A raiz da liberdade”.

No final de 1977 a Liga Operária apresenta em seus documentos internos a proposta de formação de um Partido Socialista. Naquele momento, a ideia de um PS no Brasil expressava uma ousadia inédita. Os últimos meses daquele ano e o contexto político em que foi apresentada a proposta é tema do artigo 5, “Uma semente para o Partido Socialista”.

O Movimento de Convergência Socialista é lançado em janeiro de 1978. De forma pública, a proposta surge no jornal Versus de dezembro de 1977. Criado pelo jornalista Marcos Faerman, Versus acompanhou todo o projeto de criação do Partido Socialista, e sua história é contada no texto 6, “Do Partido Socialista para o Partido dos Trabalhadores”.

Esse ano de 1978 foi o período de expansão nacional da organização. Em agosto, após a grande Convenção Nacional, todos os dirigentes são presos, em uma operação desencadeada pelo DOI-CODI. Com as prisões, a ditadura pretendia explicitamente acabar com o Partido Socialista dos Trabalhadores, novo nome da Liga Operária após seu Congresso de março. Mas a força adquirida ao longo dos últimos quatro anos transformou um pequeno agrupamento em uma sólida organização que já reunia dezenas de quadros e centenas de militantes. Assumindo o nome já legal de Convergência Socialista, a organização desenvolveu uma intensa campanha eleitoral que resultou na vitória de deputados do MDB, entre eles o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, Benedito Marcílio. Foi nesse processo de campanha eleitoral que começa a mudança de orientação política. Depois de um ano defendendo a formação do Partido Socialista, a campanha passa a adotar a formulação Partido dos Trabalhadores, principalmente pela insistência do Marcílio, que não acreditava na proposta de um PS. A proposta de um Partido de Trabalhadores sem patrões culminou no Congresso de Lins de janeiro de 1979.

A riqueza desse período de existência da Liga Operária/Convergência Socialista faz jus às diversas interpretações por parte daqueles que viveram esse momento. O texto 7, “A CS e o nascimento do PT” enriquece esse debate.

Os três últimos textos foram escritos sob a forma de um review. O que têm em comum é o fato de terem sido escritos por protagonistas de rica e surpreendente história da Liga Operária. “Uma história necessária”, “Quando quatro exilados decidem romper o sinal fechado”, e “Versus – As Tramas do Silêncio” completam e se tornam imprescindíveis nesta trajetória da organização.

Os depoimentos que serviram de base para contarmos essa história renderam verdadeiras pérolas, e algumas delas brindam o final do livro. Junto com elas estão alguns textos e correspondências encontradas nos arquivos da Zezé e uma relação de tudo o que nos ajudou a trilhar esse caminho da Liga Operária e da Convergência Socialista.

  • www.editorasundermann.com.br
  • www.usinaeditorial.com.br

 

Informação adicional

Peso 0,430 kg
Dimensões 23 × 16 × 2 cm

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